Descrição
Ignóbil é o primeiro livro do quadrinista Dáblio C., artista independente e udigrudi de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. Muitos de vocês o conhecem do boteco. Em seu álbum de estreia, Dáblio C. coletou o melhor de seu material publicado em fanzines editados no esquema punk desde a década de 1990.
São histórias sujas, sinceras, doidas, sobre gente desregrada, sem noção e que não vale o que o gato enterra, arranjando encrenca e tentando sobreviver na noite e no asfalto frio de São Bernardo do Campo, sede do pós-apocalipse industrial paulista, no melhor estilo da Zap Comix e do quadrinho alternativo.
São histórias bem-humoradas da vida marginal marginal e da decadência urbana, desenhadas e contadas por um lápis crítico e mordaz, que passeia por questões de gênero e pelas mais estranhas e perversas obsessões com a desenvoltura e coragem dos loucos… ou dos artistas?
Encontre em Ignóbil a relação de sexo e amizade entre um jovem desiludido e uma travesti (que tem policiais entre sua clientela); a reviravolta na vida na vida de uma garota que deseja — e consegue — peitos e bundas incrivelmente grandes; as surpresas que se escondem por trás da expressão alheia dos tiozinhos de boteco; as bebedeiras do escritor Charles Bukowski; e casos de amor, depressão, loucura, vingança…
SOBRE O AUTOR
Nascido no ensolarado balneário turístico de Diadema, capital paulista de homicídios dolosos, em algum momento indeterminado das últimas três décadas, Wanderley Coutinho, mais conhecido como WC ou ainda Dáblio C., se notabilizou por vagar pelas ruas de São Bernardo do Campo, indo de bar em bar para coletar histórias, mostrar seus traços e chamar o Velho. Nessa vida em trânsito, muitos mitos surgiram sobre sua pessoa, o que agora buscaremos esclarecer.
Primeiro, Dáblio não é o Bebê-Diabo cujo nascimento foi noticiado pelo Notícias Populares, embora seja verdade que ele namorou um tempo a Loira do Banheiro. Ele se alimenta de outras coisas além de cachaça, como, por exemplo, cerveja e rapé. Este livro não é só de material inédito, inclui também cartuns e histórias anteriormente publicadas nos zines Woin, Persona non grata e Ignóbil. Ele é capaz de sair da cidade de São Bernardo para comparecer a eventos sociais, apenas prefere não fazer isso se tiver como evitar.
Dáblio não vira pó se exposto à luz do sol. Na verdade, ele se transmuta em um bêbado de ressaca. Seus quadrinhos já foram exibidos em centros culturais de diversas cidades da região metropolitana de São Paulo, mas ele não lembra disso e, quando menciono, ele nega. Também é verdade que seus maiores ídolos são Robert Crumb, Charles Bukowski, GG Allin e Odair José. Apesar de ser frequentemente confundido nas ruas, ele não é o vocalista do System of a Down, mas não se importa de dar autógrafos e tirar fotos como se fosse, desde que se peça com carinho.
–Felipe Amorim, organizador