A Elefante acaba de abrir a pré-venda com desconto de Teoria da reprodução social: remapear a classe, recentralizar a opressão, organizado por Tithi Bhattacharya, professora de história sul-asiática e diretora de estudos globais na Universidade Purdue, nos Estados Unidos. A tradução é de Juliana Penna. O livro já pode ser adquirido com desconto em nosso site. Os envios serão realizados a partir de 10 de maio. Para saber mais sobre o sistema de pré-venda da Elefante, basta clicar aqui.
Infância, sexualidade, migração, serviço doméstico, pensões e a Greve Internacional de Mulheres estão entre os tópicos abordados nos dez ensaios que compõem a publicação. No centro da discussão está a teoria da reprodução social (TRS), especialmente útil para “manifestar nossa própria totalidade político-histórica”, destaca Bhattacharya na Introdução, “porque revela que a categoria-essência do capitalismo, sua força animadora, é o trabalho humano, e não a mercadoria”.
Quem escreve o Prefácio desta publicação é a socióloga e historiadora marxista estadunidense Lise Vogel, uma das fundadoras da teoria da reprodução social, que teve seu livro clássico — Marxismo e a opressão às mulheres, de 1983 — recentemente lançado no Brasil pela Expressão Popular. “Os leitores iniciantes nas questões tratadas por essa teoria terão muito o que aprender com Teoria da reprodução social. E aqueles que viveram as frustrações dos primeiros e vários debates da libertação das mulheres encontrarão novas respostas para perguntas antigas.”
A filósofa estadunidense Nancy Fraser, teórica crítica feminista que atua como professora de Filosofia e Política na New School for Social Research, assina o artigo “Crise do cuidado? Sobre as contradições sociorreprodutivas do capitalismo contemporâneo”. “Fraser, como muitos outros colaboradores de Teoria da reprodução social, nos oferece uma visão do capital totalmente baseada em gênero, em que a resolução da crise de assistência só pode prosseguir por meio da dissolução da injustiça inerente ao sistema como um todo, o que ‘exige reinventar a distinção entre produção e reprodução e reimaginar a ordem de gênero'”, escreve Bhattacharya.
“Do feminismo da reprodução social à greve de mulheres”, ensaio que fecha Teoria da reprodução social, é assinado por Cinzia Arruzza, uma das organizadoras da Greve Internacional de Mulheres de 2017, também ligada à New School, onde atua como professora associada de Filosofia. Bhattacharya classifica sua contribuição como uma “instância vibrante” da teoria da reprodução social na prática que traz uma “urgência produtiva” para esta publicação. “De fato, os métodos políticos da greve de mulheres, mostra Arruzza, podem ser uma de nossas linhas de esperança.”
Sobre a organizadora
Tithi Bhattacharya é professora de história sul-asiática e diretora de estudos globais na Universidade Purdue, nos Estados Unidos. Ativista de longa data por justiça social e pelos direitos do povo palestino, Bhattacharya escreve principalmente sobre teoria marxista, gênero e islamofobia. Com Nancy Fraser e Cinzia Arruzza, escreveu Feminismo para os 99%: um manifesto (Boitempo, 2019).