Em 22 de fevereiro, tivemos o lançamento virtual de Vozes afro-atlânticas: autobiografias e memórias da escravidão e da liberdade, uma conversa entre o autor, Rafael Domingos Oliveira; Marcio Farias, psicólogo e professor convidado do Centro de Estudos Latino Americanos sobre Cultura e Comunicação da Usp, que assina a apresentação do livro; Jaime Rodrigues, professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Unifesp, autor do prefácio; e Ynaê Lopes dos Santos, professora adjunta no Instituto de História da UFF.

O intento de Rafael — que, diga-se de passagem, se efetiva com classe —, ao estudar a autobiografia de escravizados nos Estados Unidos, cumpre dupla função: estudar a gênese da contradição fundante da modernidade capitalista no interior daquela que se tornará a principal potência econômica mundial em meados do século xx e, como derivação, nos permitir acesso a um debate de forma e conteúdo relacionado a um dos mais importantes instrumentos de reorganização e insurgência da diáspora negra: a escrita em primeira pessoa. […] Em seu primeiro livro, Rafael Domingos Oliveira se consagra como um dos grandes nomes da historiografia desde o Sul para o mundo. Com o passado de luta feita por homens e mulheres escravizados tão bem complexificado por Rafael, temos mais elementos para interpelar o presente, com um horizonte de possibilidades mais digno e emancipado.

— Márcio Farias, na apresentação de Vozes afro-atlânticas

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