O 77º título da Elefante vem um pouco do Chile, um pouco da Argentina. Chile em chamas: a revolta antineoliberal traz dezoito entrevistas com políticos e militantes chilenos que ajudaram a construir a grande explosão social que eclodiu no país em outubro de 2019, desembocando, dois anos depois, em uma assembleia constituinte que deve enterrar a Carta escrita pela sanguinária ditadura de Pinochet — assim esperamos.
O livro foi produzido pelos nossos parceiros da editora Tinta Limón, de Buenos Aires, com os quais temos orgulho de estreitar laços a cada dia. Gracias a Andrés Bracony, el Chino, pela parceria e pelo diálogo constante que desembocaram neste e em outros livros — e que ainda renderão muitos frutos editoriais. Gracias também a Josefina Payró e Javiera Manzi, que participaram do lançamento diretamente da Argentina e do Chile (com panelaços ressoando ao fundo, em comemoração ao segundo aniversário do “estallido”), e a Joana Salém Vasconcelos, que, como sempre, enriqueceu o debate com os pés aqui em São Paulo.
A tradução de Chile em chamas ficou a cargo de Igor Peres. O trabalho com o texto envolveu Luiza Brandino (assistência de edição), Daniela Uemura (preparação), Diana Soares Cardoso e Fábio Fujita (revisão). Camila Yoshida fez a assistência de arte e Lívia Takemura, a diagramação. A capa é de Bianca Oliveira, que usou muito bem as incríveis fotos de Paulo Slachevsky — seus belíssimos instantâneos dos protestos chilenos ilustram todo o livro.
Esperamos que a leitura e o debate de Chile em chamas ajudem a promover reflexões e estratégias de ação política para começarmos a enterrar também no Brasil os descalabros do neoliberalismo.