Israel, Ocidente e a catálise totalitária

Por Fréderic Lordon
Tradução de Diogo Santiago
Publicado em Le Monde Diplomatique

 

 

Há uma economia geral da violência. Ex nihilo nihil: nada sai do nada. Sempre há antecedentes. Esta economia, infelizmente, não conhece senão um princípio: a reciprocidade — negativa. Quando a injustiça foi levada ao seu cúmulo, quando o grupo experimentou a matança em massa e, talvez pior ainda, a invisibilização da matança em massa, como poderia ele não tirar daí um ódio vingador? As racionalidades estratégicas — fazer descarrilar a normalização israelo-árabe, reinstalar o conflito israelo-palestino na cena internacional —, se são reais, não deixaram de encontrar entre seus recursos o combustível da vingança mortífera.

 

“Terrorismo”, palavra-impasse

 

A France Insoumise (FI)[1] não cometeu os erros dos quais é acusada. Mas erros cometeu. Um — e grande. Em um evento desse tipo, não se vai diretamente à análise sem primeiro ter mencionado o horror, o estupor e a abominação. O mínimo da compaixão não basta, e não nos safamos com alguns oblatos verbais largados por questão de forma. Ainda que o que seja dado ao povo palestino ignore até mesmo o mínimo, era necessário, neste caso, agarrar-se a este dever — e fazer vergonha aos defensores da compaixão assimétrica.

Esta violação, real, foi entretanto apreendida e deslocada para se transformar, no debate público, em um ponto de somação, de abjuração inclusive, sobre o qual a FI, desta vez, tem inteiramente razão de não ceder: “terrorismo”. Deveria o “terrorismo” ser, como o afirma Vincent Lemire, “o ponto de partida do debate público”? Não. Ele não é nem sequer o ponto de chegada: é somente o beco-sem-saída. “Terrorismo” é uma palavra-impasse. É o que lembra Danièle Obono, e ela tem razão. Feita para não instaurar nada mais que a perspectiva da erradicação e para barrar toda análise política, “terrorismo” é uma categoria fora da política, uma categoria que leva a sair da política. A prova dada por Macron: “unidade da nação” e derivados, 8 ocorrências em 10 minutos de mingau. Suspensão dos conflitos, neutralização das discórdias, decreto de unanimidade. Logicamente: as manifestações de apoio ao povo palestino são manifestações de apoio ao terrorismo, são inclusive manifestações terroristas, e por isso são proibidas.

Conceder “terrorismo” é anular que o que se passa em Israel-Palestina é político. No mais alto ponto. Mesmo se essa política toma a forma da guerra, prosseguindo-se assim por outros meios, segundo os termos de Clausewitz. O povo palestino está em guerra — ele não teve muita escolha. Uma entidade se formou no seu seio para o conduzir — de onde pode ela vir? “Eles deixaram Gaza monstruosa”, diz Nadav Lapid. Quem é “eles”?

Sem precisar de “terrorismo”, “guerra” e “crimes de guerra” são infelizmente bastante suficientes para mencionar os cúmulos do horror. Bastante suficientes também para mencionar os massacres abomináveis de civis. Se na guerra, que é por princípio matança, foi forjada sem pleonasmo a categoria de “crimes de guerra”, foi mesmo para designar atos que impõem a uma coisa atroz em si outros patamares de atrocidade. É o momento, de todo modo, em que é preciso fazer retroceder a economia geral da violência: crimes que acarretam crimes — crimes que precederam crimes. A obstinação em dizer “terrorismo” satisfaz somente necessidades passionais — e nenhuma exigência intelectual.

Na realidade, “terrorismo” e “crimes de guerra” são duas categorias que não param de passar uma pela outra, e não desenham nenhuma antinomia estável. Hiroshima é, literalmente, de acordo com a definição da ONU de terrorismo: matar civis que não tomam diretamente parte de hostilidades para intimidar uma população ou coagir um governo a cumprir um certo ato.[2] Ouvimos falar de terrorismo no caso da bomba de Hiroshima? E no de Dresde?[3] — como Hiroshima: terrorizar uma população em vistas de obter a capitulação do seu governo.

Mas, para aqueles que, na situação presente, fizeram disso um ponto de abjuração, “terrorismo” tem uma insubstituível virtude: interpretar uma violência como desprovida de sentido. E de causas. Violência pura, vinda de lugar nenhum, que não convoca rigorosamente nenhuma outra ação além da extirpação, eventualmente na forma realçada da Cruzada: o choque das civilizações, o eixo do Bem, à qual não há nenhuma pergunta a fazer. É verdade que aqui nós navegamos em águas vallsianas,[4] nas quais compreender é contraditório com se comover e vem necessariamente em diminuição do sentimento de horror, logo em suplemento de complacência. O império da burrice não para de se estender.

 

A paixão de não compreender

 

Sobretudo, portanto: não compreender. O que requer um esforço do além, pois a evidência é massiva, e ter os olhos abertos basta — para compreender. Um povo inteiro é martirizado por uma ocupação, farão dentro em breve 80 anos que isso vem durando. São enclausurados, são desalojados ao ponto de enlouquecerem, são privados de comida, são assassinados, e não há mais uma voz oficial para dar uma palavra sobre isso. 200 mortos em dez meses: nenhuma palavra — quer dizer: nenhuma que se compare, nem sequer de longe, às palavras dadas aos israelenses. Testemunhos fílmicos em profusão dos crimes israelenses ainda frescos: nenhuma palavra. Passeatas palestinas pacíficas na fronteira, 2018, 200 mortos: nenhuma palavra. Snipers acertam na mosca das rótulas, 42 em uma só tarde, nada mal: mas nenhuma palavra — quer dizer, sim: “o exército mais moral do mundo”. Antigos militares do exército mais moral do mundo exprimem o desgosto, a inumanidade daquilo que foram levados a fazer aos palestinos: nenhuma palavra. A cada uma das abominações do Hamas de 7 de outubro de 2023 opuséssemos tantas quantas cometidas pelos militares ou pelos colonos — somente algumas rugas na superfície da água. As tragédias israelenses são encarnadas em testemunhos pungentes, as tragédias palestinas são aglomeradas em estatísticas. Por falar em estatística: gostaríamos de conhecer a proporção dos homens do Hamas em posição de ataque em 7 de outubro que, antes, seguraram nos braços os cadáveres dos seus próximos, dos corpos de bebês desarticulados, para quem a vida não tem mais qualquer sentido — a não ser a vingança. Não o “terrorismo”: o metal em fusão da vingança fundido na luta armada. O eterno motor da guerra. E das atrocidades.

Em todo caso, eis o sentimento de injustiça que solda o grupo. Uma vida que não vale outra vida: não existe mais alta injustiça. É preciso ser grosso para não conseguir representar isso a si mesmo — em último caso, que não seja por humana compreensão: mas por simples previsão estratégica. Que um martírio coletivo seja desse jeito afugentado à inexistência, que às vidas árabes se vejam negar todo valor, e que isso possa ficar indefinidamente sem seguimento, era uma ilusão de colonizador.

 

Bloco burguês e “importação”

 

Agora o fato mais chocante: todo o Ocidente oficial comunga nessa ilusão. Na França, em um grau espantoso. A gente se inquieta muito com os riscos de “importação do conflito”. Sem ver que o conflito já está massivamente importado. Claro, “importação do conflito” é termo um tanto codificado para dizer indiferentemente “árabes”, “imigrantes”, “subúrbios”. Mas o canal de importação real não é de jeito nenhum esse aí; ele está, porém, debaixo dos nossos olhos, largo como o canal do Panamá, fervendo como um conduto forçado: o canal de importação do conflito é o bloco burguês (Amable & Palombarini ©).[5] Todo seu aparelho — equipe política, editocracia em linha de formação contínua, mídias em “edição especial” — ativou-se instantaneamente para importar. Por que o ponto de fixação no terrorismo? Para atingir a FI, obviamente — eis-nos cá novamente. Desta vez, porém, com um novo ponto de vista: o ponto de vista da importação interessada. O bloco burguês, quando ele faz bloco por trás de Israel no exterior, aproveita sobretudo a ocasião de fazer bloco contra seus inimigos no interior.

Seria preciso aqui uma análise da solidariedade reflexa do bloco burguês com “Israel” (entidade indiferenciada: população, Estado, governo) e das afinidades pelas quais ela passa. Afinidades de burguês: o mesmo gosto pela democracia adulterada (burguesa), a mesma posição estrutural de dominante (dominante nacional, dominante regional), as mesmas representações midiáticas vantajosas, no caso as de Israel como uma sociedade burguesa (startups e fun em Tel Aviv). Tudo leva o bloco burguês a se reconhecer espontaneamente na entidade “Israel”, logo, a abraçar a causa.

E o bloco burguês francês é mais israelense que os israelenses: ele recusa que digamos “apartheid” enquanto oficiais israelenses o dizem, ele recusa dizer “Estado racista” enquanto uma parte da esquerda israelense o diz — e enquanto ela inclusive diz, às vezes, bem mais —, ele recusa mencionar a responsabilidade esmagadora do governo israelense enquanto Haaretz a menciona, ele recusa mencionar a política continuamente mortífera dos governos israelenses enquanto uma miríade de oficiais superiores a mencionam, ele recusa dizer “crimes de guerra” para o Hamas enquanto a ONU e o direito internacional o dizem. O jornalista israelense Gideon Levy: “Israel não pode aprisionar dois milhões de palestinos sem pagar o preço cruel”. Daniel Levy, antigo diplomata israelense, a uma jornalista da BBC que lhe diz que os israelenses prestes a aniquilar Gaza “se defendem”: “A senhora pode realmente dizer uma coisa desse tipo sem pestanejar? Esse tipo de mentira?”. O bloco burguês: “Israel não faz nada mais que se defender”. Ele diz “Terror” quando os russos cortam todo recurso à Ucrânia, ele não diz nada quando Israel corta todo recurso a Gaza. O bloco burguês vive um flash de identificação que nada pode desarmar.

E ele o vive tanto mais intensamente que a luta contra os inimigos do irmão burguês de fora e a luta contra os adversários do bloco burguês de dentro se potencializam mutuamente. É como uma gigantesca ressonância inconsciente, que alcança toda a sua amplitude em uma situação de crise orgânica na qual o bloco burguês contestado tornou-se capaz de tudo para se manter.

O bloco olha em torno de si, ele não vê mais senão um só inimigo significativo: a FI. Partido Socialista (PS), Partido Verde (EELV), Partido Comunista, ele neutralizou tudo, mais nenhuma inquietude desse lado aí, essas pessoas aí não representam nenhum perigo — quando não são preciosos auxiliares. A FI, não. Uma ocasião se apresenta para aniquilá-la: não hesitar um só segundo. Como com o inglês Jeremy Corbyn, como com o estadunidense Bernie Sanders, as fabulações de antissemitismo já experimentam seu regime de cruzeiro, mas uma oportunidade igual é inesperada. Providencial mancada inaugural da FI: tudo vai poder se enfiar por essa brecha: a mentira aberta, a desfiguração desavergonhada das palavras, as sondagens manjadas sobre declarações ou ausências de declarações fabricadas, as acusações delirantes. A BBC se abstém de dizer “terrorista”, mas a FI deve dizê-lo. Universitários incontestáveis produzem análise nos programas de TV, mas a mesma análise fornecida pela FI é um escândalo. A FI tem uma posição em suma muito próxima da ONU, mas ela é antissemita. “Que procura Jean-Luc Mélenchon? Afiançar o terrorismo islamista?”, interroga-se com nuança La Nuance.[6]

 

Cristalização

 

A violência do espasmo que conhece a vida política francesa não tem outra causa. O evento agiu como um potente reativo, revelando todas as tendências atuais do regime, e as levando a um ponto que nem mesmo os motins de julho tinham conseguido atingir. O efeito de catálise é superpotente. Crise após crise, a dinâmica pré-fascista não para nem de adquirir consistência nem de se aprofundar. O termo disso foi dado por Meyer Habib, deputado francês da extrema direita israelense: “O Rassemblement National (RN)[7] entrou no campo republicano”.

Os momentos de verdade trazem sempre alguma vantagem: nós sabemos doravante em que consiste o campo republicano. É o campo que proíbe o dissenso, que proíbe a expressão pública, que proíbe as manifestações, que impõe a unanimidade ou o silêncio, e que ameaça por meio dos seus pelintras policiais todas aquelas e todos aqueles que estejam atentados a continuar a fazer política em torno da questão israelo-palestina. É o campo que leva instituições universitárias a fazer denúncias contra comunicados de sindicatos estudantis, que prevê tranquilamente perseguir organizações como o Nouveau Parti Anticapitaliste (NPA)[8] ou Révolution Permanente,[9] que deve sem dúvida já estar pensando secretamente em dissoluções.

É bem mais que um espasmo, na verdade. Por definição, um espasmo termina por relaxar. Aqui, a coisa cristaliza: uma fase precipita. E não qualquer uma: catálise totalitária. “Totalitária” é a categoria que se impõe para toda empresa política de produção de uma unanimidade sob coerção. A intimidação, a forçagem ao alinhamento, a designação à vendeta, a deformação sistemática, a redução ao monstruoso de toda opinião divergente são nela as operações de primeira linha. Vêm em seguida a proibição e a penalização. Mostrar apoio ao povo palestino se tornou um delito. Tremular uma bandeira palestina é passível de 135 euros de multa — estão procurando em vão uma base legal apresentável. “Free Palestine” [Palestina Livre] é uma pixação antissemita — dixit CNews,[10] que se tornou árbitro das elegâncias na matéria, signos dos tempos invertidos em que atuais colusões com antissemitas distribuem as acusações de antissemitismo, e velhas colusões com o nazismo as de nazismo. Sob a aprovação silenciosa do resto do campo político e midiático. Nos corredores de toda a galáxia Bolloré,[11] eles devem estar com a mão na barriga de tanto rir, enquanto na La Republique En Marche (LREM),[12] na France Inter[13] e em todos os C Coisa-e-tal da France 5,[14] eles tomam a coisa bem ao pé da letra. O campo republicano, é o campo que suspende a política, as liberdades e os direitos fundamentais, é o campo fundido no racismo antiárabe e no desprezo das vidas não brancas.

O mundo árabe, e não somente ele, está observando tudo isso, e tudo isso está ficando gravado na memória dos povos. Quando a nêmesis voltar, pois ela voltará, os dirigentes ocidentais, embasbacados com os braços balançando, de novo não compreenderão nada. Stupid White men.

 

Frédéric Lordon é economista e filósofo, hoje um dos principais nomes da esquerda intelectual francesa. Publicou os livros Jusqu’à quand ? Pour en finir avec les crises financières (Raisons d’agir, 2008), Capitalisme, désir et servitude. Marx et Spinoza (La Fabrique, 2010), D’un retournement l’autre (Seuil, 2011), La société des affects (Seuil, 2013), Imperium. Structures et affects des corps politiques (La Fabrique, 2015) e Figures du communisme (La Fabrique, 2021), que será publicado pela Elefante em 2024, com tradução de Diogo Santiago.

Notas

[1].   Principal representante da atual esquerda partidária da França, a France Insoumise [França Insubmissa], liderada por Jean-Luc Mélenchon, vem sendo atacada pela grande maioria das principais forças políticas francesas (inclusive o Partido Socialista) devido ao apoio que vem declarando ao povo de Gaza desde que começou o genocídio dos palestinos pelas forças armadas de Israel — e devido ao fato de recusar a nomenclatura de “terrorista” para o Hamas.

[2].   “Qualquer ação constitui terrorismo se tiver a intenção de causar a morte ou sérios danos corporais a civis ou não combatentes, com o propósito de intimidar uma população ou obrigar um governo ou uma organização internacional a fazer ou se abster de praticar qualquer ato.” Nota do secretário-geral da ONU Kofi Annan destinada ao Closing Plenary do International Summit on Democracy, Terrorism and Security, 10 de março de 2005.

[3].   A cidade alemã de Dresde nunca tinha estado tão populosa como no início de 1945: aos 630.000 habitantes de antes da guerra, acresceram-se em fevereiro de 1945 colônias de crianças evacuadas das cidades bombardeadas, 25.000 prisioneiros de guerra aliados, trabalhadores forçados de vários países, assim como 600.000 refugiados que tinham conseguido chegar após semanas de fuga avassaladoras: mulheres, crianças, velhos e inválidos que fugiam das suas respectivas províncias do Leste perante a ofensiva do Exército Vermelho. Ao todo, a população de Dresde devia estar compreendida entre 1,2 e 1,4 milhão de pessoas, dentre as quais várias centenas de milhares não tinham moradia, não tinham sequer abrigo onde se refugiar em caso de ataque. A Alemanha já tinha perdido a guerra, mas, no dia 13 de fevereiro de 1945, Dresde foi metodicamente destruída em 14 horas de bombardeios de um horror até então inédito. Fala-se de uma chuva de bombas. Em duas ondas, 800 bombardeiros britânicos soltaram 1.182 toneladas de bombas incendiárias e 1.478 toneladas de bombas explosivas que desencadearam uma tempestade de fogo sobre a cidade. No dia seguinte, 311 aeronaves B-17 da força aérea estadunidense bombardearam o que restava.

[4].   Relativo a Manuel Valls, político de direita, primeiro ministro da França entre 2014 e 2016. A ironia de Lordon gira em torno de uma declaração feita por Valls em 2016 a respeito das pesquisas sobre as radicalizações, as formas de violência que delas resultam e a maneira que as sociedades as previnem e delas se protegem, declaração na qual ele menciona que “explicar já é meio que querer desculpar”: “estou de saco cheio daqueles que procuram em permanência desculpas ou explicações culturais ou sociológicas para o que aconteceu”.

[5].   Alusão à obra assinada pelos economistas Bruno Amable e Stefano Palombarini: L’illusion du bloc bourgeois. Alliances sociales et avenir du modèle français (Raisons d’agir, 2017, p. 178).

[6].   Referência à rubrica intitulada “Le courage de la nuance”, do jornal Le Monde.

[7].   Antigo Front National (FN), principal partido da extrema direita francesa, liderado pela família Le Pen (outrora Jean-Marie, hoje em dia sua filha, Marine).

[8].   O Nouveau Parti anticapitaliste (NPA) é um movimento político cujo congresso de fundação ocorreu em fevereiro de 2009. “Mais que nunca, no momento em que a tripla crise econômica, social e ecológica se aprofunda e se acelera, nosso objetivo é juntar todas as forças que querem sair da era do lucro, romper com o capitalismo, para abrir alas para uma sociedade inédita, democrática e igualitária, feminista e ecologista.”

[9].   “Révolution Permanente é uma organização política revolucionária. Desde 2015, seus militantes animam o um cotidiano on-line que trata a atualidade política e as lutas nacionais e internacionais com um ponto de vista assumido: do lado dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, das pessoas LBGTQIA+, dos bairros populares e de todos os explorados e oprimidos.”

[10].  Canal News, antes conhecido pelo nome de I-Télévision, e em seguida I-Télé. Trata-se de um canal aberto de informação contínua fundado em 1999. Pertence ao Grupo Canal +, assim como C8 e CStar.

[11].  Multinacional francesa de transporte, logística e comunicação. A chamada “galáxia” Bolloré é conhecida por ser a principal do universo de exploração do continente africano pela França.

[12].  La République En Marche, partido de Emmanuel Macron, lançado por ele mesmo em 2016.

[13].  Rádio pública francesa de generalidades, fundada em 1947.

[14].  No ar desde dezembro de 1994, France 5 é um canal de televisão aberto pertencente ao grupo France Télévisions.