Gentes de Rondônia, chegamos! A viagem de São Paulo a Vilhena foi longa que só. Não bastassem as muitas conexões previstas, uma delas não foi realizada e tivemos de tomar um ônibus de Cuiabá até o Portal da Amazônia. Chegamos há uns poucos minutos. Mas aqui estamos. Nada que não se resolva com um belo prato de arroz e feijão e um dedo de prosa.
Já estamos de saída para o primeiro de quinze eventos sobre Corumbiara, caso enterrado com a presença do autor, João Peres. Em Colorado do Oeste, temos um encontro com estudantes e professores do Instituto Federal de Rondônia (Ifro). Foi essa galera que articulou muitas forças para garantir nossa vinda ao estado. Sem eles, com certeza, não estaríamos aqui.
Lá atrás, enquanto ainda editávamos Corumbiara, caso enterrado, passamos a quebrar a cabeça diariamente para saber como faríamos para voltar a Rondônia, agora com o livro em mãos. Como a Editora Elefante não tem fins lucrativos, um gasto como este é proibitivo. Inviável. Tínhamos de encontrar soluções criativas ou descobrir parceiros que tivessem soluções criativas. E, graças ao imenso carinho que nosso trabalho despertou, estes parceiros apareceram, no Ifro de Colorado e de várias outras cidades, na Universidade Federal de Rondônia (Unir) e em várias instituições acadêmicas que organizam uma série de eventos muito interessantes. Passaremos nas próximas semanas por Cacoal, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Ariquemes e Porto Velho.
Mas, antes, temos um compromisso firme e forte com a turma do Cone Sul, onde ocorreram, há vinte anos, os fatos narrados em Corumbiara, caso enterrado. Não víamos a hora de retornar a Vilhena para dialogar com a galera que mais conhece sobre os fatos ocorridos em 9 de agosto de 1995 na fazenda Santa Elina — e que resultaram em pelo menos doze mortes. Ouviremos com toda a atenção tudo o que o povo rondoniense tem a dizer.
Os debates no Ifro de Colorado durarão um dia inteiro e contarão com a presença de representantes de movimentos sociais e acadêmicos envolvidos no estudo da questão agrária. Na sexta-feira, 11 de setembro, começamos o dia numa prosa com os alunos da Cooperativa Educacional de Vilhena, participamos do Encontro dos Comunicadores da Região Sul de Rondônia e fechamos com um debate com alunos do curso de Jornalismo da Unir. No sábado, 12 de setembro, lançamos o livro-reportagem na Livraria Café e Letras, agora em novo endereço.
Durante todos os eventos em Rondônia, Corumbiara, caso enterrado estará à venda por um preço camarada. A Editora Elefante decidiu cortar o frete dos exemplares de São Paulo a Vilhena. Com isso, o valor cai de R$ 37 para R$ 30. Esta é uma das maneiras de retribuir o imenso carinho que muitas pessoas vêm demonstrando nas redes sociais, nos e-mails, nas conversas por telefone. Valeu por tudo, pessoal! O melhor começa agora.