Chile: duas esquerdas e um bombardeio que ainda ecoa

Por Joana Salém Vasconcelos*.
Publicado em Boletim Lua Nova.

 

 

“General, só resta distribuir armas ao povo. O senhor pode fazê-lo?” A cara do general não pode ser mais expressiva. A surpresa se confunde com a estupefação diante da minha pergunta. “Distribuir armas, eu? Como quer que eu distribua armas?” Diálogo dentro do Palácio de La Moneda na manhã de 11/09/1973.
(Joan Garcés, 1993, p. 323)

 

Na manhã de 11 de setembro de 1973, os poucos comandantes militares do alto escalão que permaneceram alinhados à Constituição chilena e ao lado de Salvador Allende se juntaram ao presidente dentro do Palácio de La Moneda. Entre eles estavam o coronel Valenzuela e o coronel Sergio Badiola (exército), o general Sepúlveda (carabineros), o comandante Jorge Grez (marinha) e o comandante Roberto Sánchez (aeronáutica). Já o general Prats, símbolo máximo do legalismo militar, não foi localizado pelo gabinete de Allende nas horas decisivas que antecederam o bombardeio (Garcés, 1993, p. 322). Enquanto o comando da Marinha e dos Carabineros eram internamente destituídos por imposição da força golpista, os chefes já estabelecidos do Exército (Augusto Pinochet) e da Aeronáutica (Gustavo Leigh), considerados “traidores” por Allende, dirigiam a sublevação.

Às 9 horas da manhã, entre o golpe consumado e o bombardeio do Palácio que ocorreria 3 horas mais tarde, a pergunta de Joan Garcés (o principal assessor de Allende) ao general Sepúlveda – “só resta distribuir armas ao povo. O senhor pode fazê-lo?” – era “improcedente e fora de lugar”, como admitiu seu autor. Era tarde demais. Mas era, também, a pergunta que condensava as tensões e impasses da Unidade Popular no triênio revolucionário a respeito do problema da correlação de forças e da guerra de classes.

Os 1000 dias de Salvador Allende na presidência do Chile, de 4 de novembro de 1970 a 11 de setembro de 1973, até hoje geram debates acalorados nas batalhas da memória sobre a “via chilena ao socialismo” e as possibilidades abertas por aquela revolução, bem como muitas páginas de teses e dissertações[2]. Há algo na experiência da Unidade Popular e na brutalidade da ditadura pinochetista que desperta comoção massiva, transnacional e ainda pulsante, sobretudo na América Latina. É como se a mistura da alegria popular do triênio com a dor lancinante do “11” dessem um nó nas emoções políticas coletivas.

Não que os demais golpes e ditaduras de segurança nacional – do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, do Peru, etc. – não sejam trágicos, comoventes e sensíveis à memória dos contemporâneos. São, e muito! Mas o caso chileno carrega um tipo de poder memorialístico que, meio século depois, ainda desperta polêmicas e repercute nas disputas políticas da atualidade. Uma empatia profunda de gerações distantes, dos mais diversos territórios e identidades, de lutadores, ativistas, pesquisadores e intelectuais do “hemisfério esquerdo” do globo concordam que no Chile do triênio algo enorme estava em jogo.

Afinal, por que os dilemas chilenos de 1970-1973 ainda exercem tanto poder sobre a memória política contemporânea?  Esse ensaio discute brevemente algumas hipóteses.

Revolução e violência

O golpe de Pinochet em 11 de setembro de 1973 não impôs uma derrota apenas à revolução chilena stricto sensu, mas sim a uma estratégia (única e original) da revolução socialista reverenciada em escala planetária. A ideia de superar o capitalismo e construir o socialismo por um caminho democrático, pacífico e humanista, sustentado muito mais na hegemonia das massas do que em ações armadas, parecia resolver – na teoria – uma das mais íntimas crises éticas dos revolucionários de todas as partes do mundo: o problema da violência. Os rupturistas (defensores abertos da guerra revolucionária) afinal, não assumem a necessidade da violência por gosto pessoal, mas por se tratar de um imperativo racional, um mal necessário e inevitável quando se quer derrubar as fortalezas capitalistas em todos os fronts (econômico, territorial, político, cultural e, obviamente, também militar).

No Chile do triênio, embora o Movimento de Izquierda Revolucionaria (MIR), junto com as alas rupturista do Partido Socialista de Chile (PS) e do Movimiento de Acción Popular Unitaria (MAPU), estivessem corretos em seu diagnóstico sobre a inevitabilidade do confronto armado e os limites de uma revolução pacífica – o que foi demonstrado de maneira acachapante pelo bombardeio do La Moneda –, seus militantes mais alarmados não foram capazes de preparar efetivamente um dispositivo eficaz, fosse de avanço do processo expropriatório pela via armada, fosse de resistência ao golpe que se avizinhava. Assim, se é inegável que a ala rupturista da esquerda chilena apresentou o “diagnóstico correto” sobre a guerra inevitável embutida em toda revolução, esse acerto se contrastou flagrantemente com a inépcia operacional para lhe dar consequência prática.

Na manhã do dia 11, segundo relato de Garcés, o dirigente socialista Hernán del Canto buscou Allende pedindo orientações e instruções para repassar ao partido. Allende respondeu com rispidez: “eu sei qual é meu lugar e o que tenho que fazer. Nunca antes pediram minha opinião. Por que me pedem agora? Vocês, que tanto alardearam, devem saber o que tem que fazer” (apud Garcés, 1993, p. 324). Afinal, se os setores políticos que previram a inevitabilidade do golpe não estavam preparados, quem estaria? Não deixa de ser assombroso que, poucas horas antes de disparar um tiro contra si mesmo, Allende tenha dito que sabia o que tinha que fazer: a morte como gesto último e absoluto de lealdade ao povo.

Seguindo a ala rupturista, a inexistência de uma resistência popular armada frente ao golpe do dia 11 é lançada na conta de “erros” do próprio Allende, que teria desincentivado a criação de uma milícia de trabalhadores. Em meia hora de reunião naquela fatídica manhã, os dirigentes da Unidad Popular (UP) concordaram (depois de um ano e meio de deflagração!) que não havia qualquer indício de correlação militar possível para oferecer resistência popular e que os trabalhadores deveriam ser orientados a abandonar os locais de trabalho e voltar para casa ordeiramente. Justiça seja feita: Allende nunca teve em suas mãos todos os mecanismos necessários para fabricar o dispositivo armado da revolução. E verdade seja dita: ninguém teve. Esse problema, de alguma forma, ainda nos diz respeito.

A equação chilena era muito mais complexa do que a mera polarização entre legalistas ou rupturistas. Essa equação sintetiza, até hoje, os maiores desafios e inquietações da esquerda transnacional, o que explica a latência e as emoções tão vivas aos 50 anos daquele bombardeio. A ideia de uma revolução que pudesse prescindir do confronto violento parece ocupar um lugar muito especial para resolver teoricamente esse paradoxo. Muitos socialistas, que guiam sua opção política pela busca de uma sociedade sem opressão, não querem morrer na revolução e, se pudessem, edificariam o socialismo sem guerra, sem pegar em armas, sem arriscar o próprio corpo. “O povo não quer guerra com ninguém”, diriam hoje nas redes sociais. Mas a guerra já existe, ela já circunda e estrutura a vida social latino-americana. O problema é: como escapar da guerra capitalista com uma estratégia desarmada?

Em 1972 e 1973, as marchas de trabalhadores clamando que Allende armasse o povo e gritando a palavra de ordem miristapueblo, conciencia, fuzil” – maravilhosamente filmadas por Patricio Guzman em Batalha do Chile – são o argumento cabal para que a ala rupturista concluísse: se Allende tivesse respondido a essa demanda, junto com “fechar o congresso” e “criar o poder popular”, pelo menos a guerra revolucionária seria conscientemente preparada e haveria alguma chance de vitória. Mas não bastava essa boa intenção para desenvolver o processo revolucionário. Se todo o povo chileno estivesse armado e treinado, seria possível assegurar a vitória diante das Forças Armadas profissionais do Chile, apoiadas logística e financeiramente pela CIA e tendo como reserva quase inesgotável de recursos e homens o próprio exército estadunidense? Poderia o Chile ter sido um Vietnã? Nunca saberemos.

Talvez um cenário de confronto total entre povo chileno armado e imperialismo à toda carga pudesse adiar a tragédia, mas é difícil imaginar que a evitaria – sobretudo considerando as características político-culturais do povo chileno, que os distanciava de uma saída violenta de tipo insurrecional, ou seja, a guerrilha de vida ou morte. Os Estados Unidos não estavam brincando em serviço, como documentado por Moniz Bandeira (2008) em seu clássico Fórmula para o caos: a International Telephone & Telegraph (ITT), a Anaconda, a Kennecott e todo poder corporativo estadunidense atuante na América Latina via o perigo do sucesso de Allende como igual ou talvez maior do que a revolução cubana – tanto por se localizar em terra continental, como porque seu viés pacifista era mais atrativo à massa de trabalhadores do que a aventura guerrilheira.

Nesse ponto, a ala legalista da UP (allendistas do PS, Partido Comunista, Izquierda Cristiana, Partido Radical e parte do MAPU) também tinham seu “diagnóstico correto”: o confronto armado precisava ser evitado, pois a sublevação militar golpista (profissional e internacional) seria de difícil contorno, mesmo que do outro lado estivessem todos os trabalhadores chilenos armados. Para eles, a disputa de hegemonia deveria ser prioritária frente à criação de qualquer dispositivo armado. Coerente a essa concepção, Allende iria anunciar no 11 de setembro de 1973 um plebiscito para abrir um processo constituinte, cujo objetivo era usar a luta de massas para constitucionalizar o programa da UP e a via chilena ao socialismo.

Mas o caminho pacífico (o socialismo dasempanadas com vinho tinto) foi atacado pela insurreição armada da burguesia: primeiro, a militância caluniosa do Congresso (Democracia Cristã e Partido Nacional) contra Allende e seus ministros, criminalizando todas as formas de poder popular (as Juntas de Abastecimientos y Precios – JAPs, os Cordões Industriais, as tomas e expropriações); segundo, o poder gremial-corporativo das classes dominantes, especialmente a reação armada dos latifundiários do Sul contra a reforma agrária indígena daqueles territórios[3]; terceiro, o poder midiático conspiratório, as mentiras do conglomerado El Mercurio financiado pela CIA[4]; quarto, as milícias fascista do Patria y Libertad; quinto, a alta cúpula das FFAA; e para arrematar, Richard Nixon assegurou que os Estados Unidos fizessem “a economia gritar” no Chile.

A convocatória do plebiscito não aconteceu, mas teria sido tardia. Allende esperou o desenlace das tensões nos encontros da UP, emperrada pela luta interna. Havia ainda a polêmica sem fim sobre as camadas médias, os pequenos proprietários e comerciantes que estavam em disputa. Em suma, a equação chilena era de diagnósticos parcialmente corretos em ambas as alas da revolução, mas também de inoperância total das duas táticas frente à insurreição burguesa.

Poder e produção

Para que a disputa de hegemonia ganhasse proeminência em termos materiais, era preciso demonstrar imediatamente a superioridade econômica do socialismo. A revolução chilena precisava contrabalançar as turbulências políticas com a oferta de ganhos econômicos imediatos aos trabalhadores e camponeses, bem como ganhos de produtividade que sustentassem a transição revolucionária. Diante das mais variadas sabotagens patronais (Salém Vasconcelos, 2020), o aumento da produtividade dependia da Área de Propriedade Social – APS (a aliança do setor estatal com as cooperativas autogestionárias). Ao mesmo tempo, acontecia o aprendizado de um “poder popular gerencial”, que sempre é custoso em termos econômicos e políticos, porque envolve novos métodos de controle do trabalho “em emancipação” (paradoxo que investiguei também no caso da revolução cubana)[5].

O melhor desempenho econômico possível do novo modelo de organização produtiva (APS) deveria provar os benefícios do programa da UP: produzir mais e produzir muito. Posto este objetivo, era necessário trabalhar pelo socialismo mais horas do que se trabalhava antes no capitalismo, trabalhar em nome da revolução. A batalha da produção foi largamente priorizada pelo polo Allende-PC da Unidade Popular.

O paradoxo é que toda revolução digna desse nome gera confronto, violência, corpo-a-corpo e algum grau de desorganização produtiva, e esta desestabilização pode prejudicar, em primeiro lugar, o elo mais fraco: os próprios trabalhadores. O desejo dos trabalhadores por “estabilidade” como forma da sua autopreservação é um problema estrutural de qualquer revolução. A consciência popular sobre as turbulências do processo econômico pode salvaguardar a confiança política necessária para a persistência da revolução. Mas o grau de sabotagem econômica (local, nacional e internacional) superou a capacidade de estabilização produtiva do socialismo nascente na APS: a greve patronal de outubro de 1972, os sucessivos lockouts e os acaparamientos que fizeram disparar a inflação, os incêndios em assentamentos da reforma agrária, a ameaça e o assédio dos proprietários. Na economia, a guerra já estava em alto fervor muito antes do “11”.

Por isso, a ala rupturista vislumbrava a tomada do poder como tarefa primordial, anterior à estabilização produtiva. Comandos comunais, cordões industriais, comandos campesinos, JAPs, foram diversas fórmulas e organismos do poder popular ensaiadas pela revolução chilena para que o poder econômico transicionasse para as mãos dos trabalhadores. Enquanto a ala legalista as via com receio, por gerar um duplo poder frente ao próprio governo e “tumultuar” a batalha da produção, a ala rupturista apostava nesse caminho como único possível para neutralizar as sabotagens produtivas. No ano de 1971, estas duas posturas foram complementares, harmônicas e permitiram uma simbiose única entre as duas vertentes da revolução chilena (como argumento em minha tese no caso das tomas legalizadas por Jacques Chonchol de dezembro de 1970 a fevereiro de 1971 em Cautín). Mas em 1972 e 1973, essas diferenças evoluíram para um antagonismo cada vez mais rude.

Duas revoluções: juntas e separadas?

A interpretação de Peter Winn sobre as “duas revoluções chilenas” (desde abajo y desde arriba) parece ser a mais interessante para estes paradoxos, que ainda se projetam sobre os atuais desafios latino-americanos. A tensão entre direção e descontrole do processo revolucionário chegou ao auge no caso chileno. A ênfase no conflito entre as duas revoluções expressam uma incompatibilidade entre duas táticas (legalista e rupturista) que se chocaram. A pergunta “improcedente e fora de lugar” de Garcés mostrava que a revolução chilena tinha virado um beco sem saída.

O ano de 1971, por outro lado, nos oferece pistas sobre a possibilidade de combinação (tensa e articulada) das duas táticas. Afinal, as tomas de terras conduzidas desde abajo pelos camponeses e mapuches em Cautín (o cautinazzo)foram legalizadas por Jacques Chonchol (ministro da Agricultura), com base na própria lei de reforma agrária 16.640. Dezenas de tomas de fábricas, como a famosa Yarur (Winn, 1986), foram legalizadas por Allende com base na lei da intervenção do Estado diante de confrontos sociais em unidades produtivas silenciosamente legada pela República Socialista de Marmaduke Grove em 1932. Ao contrário do que argumentou Aggio, a presença de Fidel no Chile de Allende revelou muito mais sobre as potencialidades de articulação de ações tático-estratégicas complementares das “duas esquerdas” do que sobre suas cisões (como defendemos em Borges & Vasconcelos, 2019). Dessa experiência, ainda restam questões propositivas: poderiam as duas revoluções ocorrer juntas em aliança? Ou seriam necessariamente separadas, bifurcadas, empatadas, incompatíveis? Talvez uma resposta suficiente precisasse ser prática e experimentada em diferentes escalas territoriais.

O que é certo é que, meio século mais tarde, a revolução chilena ainda encanta a sensibilidade política dos nossos tempos e o bombardeio ao La Moneda ainda perturba a memória latino-americana.

*Joana Salém Vasconcelos escreveu o prefácio de Chile em chamas: a revolta antineoliberal.

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WINN, Peter (1986). Weavers of revolution. The Yarur workers and the Chile’s road to socialism. Nova Iorque: Oxford University Press.


[1] Doutora em História Econômica pela USP e pesquisadora da América Latina Contemporânea. Professora visitante na Universidade Federal do ABC (UFABC). Coorganizadora de La vía chilena al socialismo 50 Años Después: Historia y Memoria (CLACSO, 2020, dois volumes) disponível gratuitamente na Biblioteca CLACSO. Autora da tese “O lápis é mais pesado que a enxada”: reforma agrária no Chile e pedagogias camponesas para transformação econômica (1955-1973) e do artigo premiado Tierra y derechos humanos em Chile: la contrarreforma agraria de la dictadura Pinochet y las políticas de reparación campesina (prêmio Manuel Pérez Ledesma de 2020). E-mail: joana.salem@gmail.com

[2] Ver La vía chilena al socialismo 50 años después: historia y memoria (Austin, Salém Vasconcelos, Ramirez, 2020a, 2020b).

[3] Sobre as tensões específicas da reforma agrária em território mapuche, ver: Steenland (1977), Mallon (2004), Correa, Molina & Yáñez (2005), Suazo (2013), Redondo (2017) e Navarrete Vergara (2018).

[4] Ver o documentário El Diario de Augustín (2008), disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6Hs60_o_Yv0

[5] Ver Vasconcelos, 2015, 2016.

Fonte Imagética: Wikimedia Commons. Golpe de Estado 1973 no Chile – Bombardeio do Palácio de la Moneda. Fotografia da Biblioteca del Congreso Nacional de Chile. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Golpe_de_Estado_1973.jpg>. Acesso em: 2 set. 2023.

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