Olhar o passado e apontar o futuro LGBTQIA+

Reunidas ao longo de oito anos, as pesquisas que compõem o conjunto de 24 artigos inéditos do livro Novas fronteiras das histórias LGBTI+ no Brasil, em pré-venda pela Elefante, trazem uma historiografia das sexualidades dissidentes no Brasil que refletem sobre o passado e apontam para o futuro.

“Essas pesquisas vão no sentido de imaginar mundos melhores onde a gente possa ter respeito aos direitos humanos, às diferenças, respeitar o outro dentro das suas escolhas”, destacou o historiador e professor adjunto da  Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Paulo Souto Maior em entrevista ao programa Mundo Político da TV Assembleia de Minas Gerais.

Co-organizador do livro junto com Renan Quinalha, advogado especializado em direitos humanos e professor de direito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Souto Maior conta que Novas fronteiras das histórias  LGBTI+ no Brasil surgiu de uma conversa entre os dois em 2015 e reflete um acúmulo das pesquisas sobre o tema com a preocupação de trazer um olhar para além do Sudeste.

“Boa parte dos estudos são oriundos de dissertações de mestrado, de teses de doutorado, que evidentemente foram adaptados, reformulados. A obra traz essa configuração, ela também é fruto desse momento, de um boom de produções que tenta contar a história desses sujeitos.”

Souto Maior considera que os artigos podem funcionar “como um portal” para a compreensão dessas experiências, muitas vezes marcadas por intolerâncias e preconceitos, mas também por uma cultura de resistência. “É importante que a gente olhe por uma perspectiva de que essas pessoas também resistiram, construíram as suas artes de viver o cotidiano. Olhar para essas experiências, inclusive, é olhar para o passado não apenas dessa perspectiva do oprimido, mas no sentido de que eles eles tiveram agência, no sentido de resistência.”

 

Assista à entrevista completa: 

 

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