Descrição
A vontade de mudar: homens, masculinidades e amor é sobre nossa necessidade de viver em um mundo em que mulheres e homens possam ser partes de um todo. Considerando as razões pelas quais o patriarcado mantém seu poder sobre os homens e suas vidas, eu insisto que reivindiquemos o feminismo para os homens, mostrando por que o pensamento e a prática feministas são o único caminho para abordarmos efetivamente a crise da masculinidade contemporânea. […] Os homens não podem mudar se não houver projetos de mudança. Os homens não podem amar se não lhes é ensinada a arte de amar. Não é verdade que os homens não querem mudar. É verdade que muitos homens têm medo de mudar. É verdade que multidões de homens nem ao menos começaram a enxergar os modos como o patriarcado lhes impede de conhecer a si mesmos, de entrar em contato com seus sentimentos, de amar. Para conhecer o amor, os homens devem deixar de lado a vontade de dominar. Devem poder escolher a vida em vez da morte. Devem ter vontade de mudar.
— bell hooks, no prefácio
SOBRE A AUTORA
bell hooks nasceu em 1952 em Hopkinsville, então uma pequena cidade segregada do Kentucky, no sul dos Estados Unidos, e morreu em 2021, em Berea, também no Kentucky, aos 69 anos, depois de uma prolífica carreira como professora, escritora e intelectual pública. Batizada como Gloria Jean Watkins, adotou o pseudônimo pelo qual ficou conhecida em homenagem à bisavó, Bell Blair Hooks, “uma mulher de língua afiada, que falava o que vinha à cabeça, que não tinha medo de erguer a voz”. Como estudante, passou pelas universidades de Wisconsin, da Califórnia e Stanford, e lecionou nas universidades Yale, do Sul da Califórnia, Oberlin College e New School, entre outras. Em 2014, fundou o bell hooks Institute. É autora de mais de trinta obras sobre questões de raça, gênero e classe, educação, crítica cultural e amor, além de poesia e livros infantis, das quais a Elefante já publicou Olhares negros, Erguer a voz e Anseios, em 2019; Ensinando pensamento crítico, em 2020; Tudo sobre o amor e Ensinando comunidade, em 2021; A gente é da hora, Escrever além da raça e Pertencimento, em 2022; Cultura fora da lei e Cinema vivido, em 2023; e Salvação e Comunhão, em 2024.