Na última segunda-feira, 19 de setembro, Paulo Freire teria completado 101 anos. Continua incrivelmente vivo e atual. Quanto mais ameaças autoritárias pairam sobre seu legado, mais a pedagogia freiriana demonstra fazer sentido. Nesta data, temos a imensa alegria de dar início à pré-venda do livro Paulo Freire e a educação popular: esperançar em tempos de barbárie, resultado de uma bonita celebração coletiva do centenário freiriano.

A obra foi organizada pelas educadoras Joana Salém Vasconcelos, Maíra Mendes e Daniela Mussi a partir do curso 100 Anos de Paulo Freire: esperançar em tempos de barbárie, oferecido pela Universidade Emancipa com apoio da Pró-Reitora de Extensão e Cultura da Universidade Federal do ABC (UFABC) em 2021.

“O volume se inspirou em experiências político-educativas que atuam para desestabilizar relações de poder, despertar questionamentos, inspirar a organização coletiva, promover o diálogo-luta e o conhecimento crítico compartilhado”, dizem as organizadoras. “É uma coletânea polifônica, construída por 65 autores e autoras que expressam um acúmulo coletivo de pesquisa e ativismo de educação popular e de pedagogia crítica e freiriana, em perspectiva internacional.”

Paulo Freire e a educação popular pretende promover a educação popular como estratégia política para combater o autoritarismo e avançar no horizonte da luta popular e da igualdade social. “Encontramos na educação popular uma forma de reerguer vozes silenciadas, conquistar espaços de maneira coletiva e movimentar as estruturas”, continuam Joana, Maíra e Daniela. “Isso requer uma atitude ao mesmo tempo paciente e dinâmica, programática e esperançosa.”

O livro conta com capítulos de Fátima Freire, Moacir Gadotti, Carlos Brandão, Jacques Chonchol, Lisete Arelaro, Edneia Gonçalves, Iracema do Nascimento, Peter McLaren, Dimas Brasileiro Veras, Giovanna Marcelino, Maurício Costa, entre muitos outros pesquisadores e educadores populares que batalham cotidianamente por um Brasil mais igualitário e democrático.

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