Do combate à crise climática até a violência colonialista da Europa, Larissa Bombardi aborda em entrevistas principais temas do seu novo livro

A geógrafa Larissa Bombardi foi entrevistada por dois grandes veículos nacionais, Folha de S. Paulo e Brasil de Fato, sobre o livro Agrotóxicos e colonialismo químico, lançado agora em outubro. A autora comentou do padrão de países europeus, que permitem a exportação de agrotóxicos banidos em seus territórios para produtores de commodities agrícolas, como o Brasil, o que, para ela, molda uma “geografia do abismo”, permitindo que empresas químicas da Europa faturem bilhões com a venda de substâncias altamente nocivas para países periféricos.

Para corrigir essas assimetrias globais e combater a crise climática, Bombardi defendeu a criação de um Marco Regulatório Internacional para Agrotóxicos. “O colonialismo, historicamente, foi a estratégia, digamos assim, de desenvolvimento do capitalismo. […] Essa violência [colonialismo] se perpetua, ela é o mecanismo pelo qual o Brasil e outros países do mundo se inserem na economia do mundo”, afirmou a pesquisadora.

Professora do Departamento de Geografia da USP, Larissa Bombardi vive fora Brasil desde 2021, quando decidiu autoexilar-se após receber uma série de ameaças por telefone e redes sociais por conta das pesquisas que realiza em relação ao agrotóxicos. Na Europa, desenvolve pesquisas no Institut de recherche pour le développement (IRD), em Paris, França, sob o Programme national d’accueil en urgence des scientifiques et des artistes en exil (Pause).

Leia e ouça as entrevistas:

  • “Agrotóxicos criam colonialismo que chega às células, diz Larissa Bombardi” (Folha de S. Paulo e Ilustríssima Conversa)
  • “Colonialismo químico: por que o Brasil está morrendo pela boca e como o agro tem culpa nisso” (Brasil de Fato)
  • “Combate à crise climática passa por regulação internacional de agrotóxicos, diz pesquisadora” (Brasil de Fato)

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